terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Gato Preto Gato Branco

Já dizia a maravilhosa personagem do Kusturica, “o que não se resolve com massa, resolve-se com muita massa”.

Ya. Eu diria, “o que não se resolve com tempo, resolve-se com muito tempo”. É o que eu preciso e não tenho.

Pensei que sabia dançar musica africana. Sim, pensei! Até me ter metido no grupo Milhoro de dança tradicional africana e ter descoberto que afinal sou uma amadora.
Agora entendo o porquê do rabo das africanas. Ya! Não me dou um mês para ficar com um porte africano e descolar os pulmões das costas.
Esta asma mata-me.

No banco o lema agora é, “o que não se resolve com trabalho, resolve-se com muito trabalho”. Viva o Gato Preto Gato Branco.
Já não bastavam as funções que me deram para agora se lembrarem que eu ficava bem num grupo de trabalho de Qualidade de Atendimento dos balcões.
Eu faço tudo.
É o MBA, é a Qualidade, é a Dança, é a Piscina, é a Farra, é o Namoro, é a Família.
E o que não se resolve com 7 preocupações, resolve-se com oito. É Férias.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Politikisses


O sucesso de Cuba deve-se aos seus líderes. Nenhum sistema politico é perfeito, é verdade. Uns são mais injustos que outros. Outros são a solução para o pior. Para a pobreza e desorganização. Os políticos de Cuba pegaram no País, uma casa de putas que sustentava os desejos dos americanos e transformaram-no num sistema de saúde e de educação funcional. Transformaram população pobre, ignorante e analfabeta, em população culta. Hoje, Cuba, possui um sistema de saúde e de educação mais ordenado e eficaz do que muitos países da Europa.
Os cubanos não pagam impostos, sabiam? Não pagam e vocês perguntam, como é que o Estado se governa? Governa-se porque detém propriedade de tudo. Tudo o que lucra vai para o Estado. Sim.
Imaginem um pedaço de terra em formato rectangular, agora imaginem que cuba tem 10 milhões de habitantes, dividam, em partes iguais, esse pedaço de terra por cada cubano. Chama-se a isto distribuição equitativa dos rendimentos. É bom? Não sei. É discutível. E isso vai mudar. O cubano quer mais e não tem. Vê os turistas invadirem o País de dólares que não conseguem alcançar. E isto induz a uma corrupção que o sistema politico tenta controlar, e consegue, minimamente.
Será que o cubano é pobre? Não. Pintam Cuba com um cenário de tristeza e solidão. Não façam isso. O cubano tem água, telefone, luz, transportes, saúde e educação paga. O cubano tem dinheiro para comer e viver com dignidade. É assim que se construiu um País que nada tinha. Pensem no tamanho, no passado e nas condições politicas que atravessou. Encontrarão a explicação para o Fidel mover gerações. Podem até não concordar com a sua governação, mas no dia da sua morte lá estarão os acreditadores e os desacreditadores.

A politica pode ter várias nuances mas há algo forte que deve pautar os actos políticos de qualquer filiação, é a ética.

Em África os governantes não têm ética. São corruptos e pensam para dentro.
Hoje, as gerações sérias desapareceram. As gerações que lutaram por um ideal, por mais ou menos correcto que fosse, morreram.

A China? Sistema assustador e extraordinário. Na China, ao contrario da Rússia, que dá a terra e os meios de produção e que a compra em troca de um pagamento, a China concede a licença ao uso da terra, mediante a promessa de uma determinada produção.
O que era a China? Nada. Um País em que se vendiam as terras e as pessoas que lá tinham casa ou cultivo. Um País que tratava as pessoas como objectos. As pessoas não tinham nome, eram pessoas apenas, objectos.
Hoje a China, ao contrário do sistema politico africano, governa por transição. O governo é transitório. Muda tudo e tudo não fica por muito tempo.
O crime económico dá direito à morte.
Só assim conseguiram governar milhões de chineses. Só assim se controlou um possível caos.

Portugal? Ahhh. Um País tão pequeno. E por ser pequeno deu azo a ser governado por um quartel político. Na assembleia há retórica entre as partes, não se discute com fundamento. Não há essência nas palavras nem porquês. Há: “vocês sabe o que tá a dizer? Não sabe! Então cale-se”
Tudo sai impune quando tudo é evidentemente culpado. A sujeira é muita, imensa. Nos Estados Unidos o crime económico dá lugar a prisão ou humilhação. Vide o candidato ao tesouro. Quase que chorava por ter fugido ao fisco.
Em Portugal o primeiro ministro é uma vergonha pública, é um engenheiro sem diploma que fecha uma faculdade para não se encontrarem os seus registos académicos.
A Felgueiras rouba o povo e é abençoada. Viaja pró Brasil e fica rica. Paga os gastos do advogado com o dinheiro da câmara. São tantos os podres e as confusões a que o povo assiste e eu ainda me queixo de África. Não enumero mais fraude nenhuma.

A corrupção existe em todo o lado, e num lado é mais punível que noutro. A diferença é que em África os ricos mostram, xofam, evidenciam a sua riqueza. Não resistem a uma anel, relógio e caneta de ouro. No ocidente são mais matreiros. Passam despercebidos.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Snobs de Merda


Tudo o que esta gente é, é.
Frustrados, irrealistas. Cínicos.
Aqui ou aí, tá tudo mau, péssimo.
Esta gente não tem nada na cabeça. E elas? Elas vestem Prada para sobrepor o intelecto.
Esta mediocridade esgana-me, cansa-me.
Aqui ou lá. Assim não dá.
Assim não dá. Os outros abrem a porta como escravos. Seguram a maçaneta da mudança.
E eles? Eles passam, os ricos, estilosos, rancorosos. Os Administradores.
Eu provoco. Eu é que escolho o que sou e serei. Hoje e amanhã. Para sempre. Eu passei na porta que seguravam para os snobs. Eu levantei o queixo e não cumprimentei.
Esta gente é do pior. Eu odeio fulanos que pensam que são gente.
Tá tudo mau, mal, péssimo.
Elas não dizem nada. Só têm caca. Merda na cabeça.
Elas são as mulheres. Fúteis, vestem Dolce e pintam Gabanna.
Tou farta destes corações que não vivem o momento e produzem segregação.
Estou sedenta de uma mudança que não existe.
Malvada geração que não pinta alteração.
Delinquentes, anormais. Tremem com telemóveis na mão. São a sabedoria da riqueza.
São a merda que invade o mundo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A minha imagem


Quando todos nos queixamos da vida que levamos, quando todos discutimos por algo melhor e lutamos pela força dentro do mundo, quando isso acontece eu estou sentada no muro virado para o mar.
Estou lá, calma e serena, calada e silenciosa, feliz e revoltada. Só estou lá e só estou.
Vejo tudo à minha volta e tudo à minha volta é triste. Vejo o pescador africano que ainda não dormiu, que parte no seu barco velho com os filhos e a rede assassina. Vejo as árvores secas e sedentas de mudança, vejo o mar tão perfeito e tão sujo. Vejo a estrada que piora de dia pra dia. Vejo a casa do rico que nunca fez nada por isto, que acorda sobre o mar e se deita sobre a lua, que ignora qualquer cheiro a pobreza.
Eu estou ali, sentada no muro virado para o mar, encolhida e adormecida nos pensamentos. Eu estou ali com os meus cabelos ao vento e as minha curvas apertadas. Estou ali a pensar o quanto somos injustos com a vida, com os que nos rodeiam. Estou ali apenas para admirar o pescador. Pra mim, pra mim ele é a imagem da vida, da procura, da tentativa.... Ele é o Homem que vive para controlar o incontrolável. O mar.
Ele é a minha imagem.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Para ti meu amor


Pedi a vida inteira
para encontrar o amor verdadeiro
que fosse mais que um homem
acima de tudo, companheiro.

Que soubesse o meu sonho
e não o achasse impossível
que me amasse tanto
que o mínimo seria o infinito.

Sei que te encontrei
e não te deixarei
pois contigo não conto o tempo.

Vivo cada hora,
Aqui e agora,cada instante a todo o momento.

Mimos


Realmente às vez desconfio desta bondade que me rodeia.
Sou demasiadamente bem tratada nesta Terra. Por todos.
Respeitam-me.
Eu também trato bem as pessoas. Não faço distinções entre cores, culturas e posições sociais. Digo aquilo que penso e que acho. Sou bruta, magoou quando mais ninguém o faz. E é por isso que hoje estavam a tirar-me sangue no posto médico do Banco e senti-me uma verdadeira rainha de coroa e jóias em punho.
As enfermeiras adoram-me e acho que ficaram surpreendidas quando, no outro dia, acompanhei uma mamana africana velhíssima no elevador e carreguei o saco dela, pesadíssimo, e o garrafão de cinco litros. Carreguei e levei-a até ao posto médico, segurando-a pelo braço enquanto subia as escadas.
E é por isso que esta manhã estava sentada na enfermaria rodeada de bondade. Adorei. Lá estava eu sentada e dizia a enfermeira: Dr.ª vou apertar o braço, Dr.ª tem boa veia, Dr.ª fecha a mão, Dr.ª vou picar, Dr.ª pode ir.
Sou uma perfeita mimada. Mimada por tudo e todos. É pela família, pelo namorado, pelos amigos, pelos colegas, pelo povo da rua que me cumprimenta todos os dias, pelo mundo! Isto é só mimos.E é por isso que vou continuar a respeitar a vida que me rodeia. Porque quero mais.
P.S. Até biscoitos de canela, com leite de soja, óleo e sem claras me fazem no escritório. Acabei de comer um. Tá óptimooooooooo.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Velha Ranzinza

Eram ontem 23 horas e eu ria-me que nem uma perdida na cama com a minha melhor amiga, chorávamos as duas.
Decidimos dormir juntas e para variar, enquanto ela vê séries no meu computador, eu adormeço agarrada à minha girafa. Acordou-me para me perguntar se não tinha vergonha de, com 26 anos, adormecer agarrada a um boneco a massajar-lhe as orelhas. Não, não tenho, adorooooooooooooo. É óptimo.
É claro que me despertou, do meu sono de beleza, para me chatear e chamar-me de velha ranzinza. E esta critica fez-me lembrar a triste figura que fiz no outro dia quando o meu guarda me bate à porta e diz: “menina, está um homem lá fora para falar consigo”. Eram 22 horas e eu estava muito cansada, estava mesmo com má cara. Cheguei cá fora e dou de caras com o meu chefe, todo soado, com a gravata à volta da barriga, o peito à mostra e com um ar de desesperado. Tinha deixado a chave do lado de lá da porta enquanto acalmava a cadela. Não tinha o número da mulher nem chaves do carro.
Só ontem é que me lembrei da minha triste figura. Eu não sei se deva contar isto, mas cá vai.
Eu apareci à porta, de pijama com ursinhos, e a cara cheia de halibut. Sim, é verdade. Passei-me. Distrai-me. Tinha posto halibut nas bochechas para hidratar a pele porque está extremamente seca e sensível devido a um tratamento que estou a fazer.
Pior? Coloquei o roupão do banho, que é branco e estava molhado, tinha ainda a toalha na cabeça e umas pantufas cor-de-rosa, aliás, dois porcos nos pés.
Uma das minhas lentes dos óculos estava cheia de halibut, não via nada e só reparei nesta desgraça toda depois de me sentar com ele na sala com a luz mais forte ligada. Que vergonhaaaaaaaaaaa.
Eu contava este cenário ontem e ria-me às gargalhadas. A minha amiga diz que eu já não tenho cura e que devia ter cuidado porque um dia apresento-me assim ao homem da minha vida. Será que é assim tão mau? Eu ando sempre arranjadinha de dia, não ando? Dêem-me lá uma folga.
Enquanto nos riamos eu aproveitei para tomar os meus medicamentos e pronto, foi o descalabro total. “Tu vais ser uma velha ranzinza que separa os medicamentos no final do dia e toma os brancos com os brancos e os azuis com os azuis!!!”.Ela não parava de me chatear. Ó pá sou doente, tenho asma, respiro mal e agora?