terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Velha Ranzinza

Eram ontem 23 horas e eu ria-me que nem uma perdida na cama com a minha melhor amiga, chorávamos as duas.
Decidimos dormir juntas e para variar, enquanto ela vê séries no meu computador, eu adormeço agarrada à minha girafa. Acordou-me para me perguntar se não tinha vergonha de, com 26 anos, adormecer agarrada a um boneco a massajar-lhe as orelhas. Não, não tenho, adorooooooooooooo. É óptimo.
É claro que me despertou, do meu sono de beleza, para me chatear e chamar-me de velha ranzinza. E esta critica fez-me lembrar a triste figura que fiz no outro dia quando o meu guarda me bate à porta e diz: “menina, está um homem lá fora para falar consigo”. Eram 22 horas e eu estava muito cansada, estava mesmo com má cara. Cheguei cá fora e dou de caras com o meu chefe, todo soado, com a gravata à volta da barriga, o peito à mostra e com um ar de desesperado. Tinha deixado a chave do lado de lá da porta enquanto acalmava a cadela. Não tinha o número da mulher nem chaves do carro.
Só ontem é que me lembrei da minha triste figura. Eu não sei se deva contar isto, mas cá vai.
Eu apareci à porta, de pijama com ursinhos, e a cara cheia de halibut. Sim, é verdade. Passei-me. Distrai-me. Tinha posto halibut nas bochechas para hidratar a pele porque está extremamente seca e sensível devido a um tratamento que estou a fazer.
Pior? Coloquei o roupão do banho, que é branco e estava molhado, tinha ainda a toalha na cabeça e umas pantufas cor-de-rosa, aliás, dois porcos nos pés.
Uma das minhas lentes dos óculos estava cheia de halibut, não via nada e só reparei nesta desgraça toda depois de me sentar com ele na sala com a luz mais forte ligada. Que vergonhaaaaaaaaaaa.
Eu contava este cenário ontem e ria-me às gargalhadas. A minha amiga diz que eu já não tenho cura e que devia ter cuidado porque um dia apresento-me assim ao homem da minha vida. Será que é assim tão mau? Eu ando sempre arranjadinha de dia, não ando? Dêem-me lá uma folga.
Enquanto nos riamos eu aproveitei para tomar os meus medicamentos e pronto, foi o descalabro total. “Tu vais ser uma velha ranzinza que separa os medicamentos no final do dia e toma os brancos com os brancos e os azuis com os azuis!!!”.Ela não parava de me chatear. Ó pá sou doente, tenho asma, respiro mal e agora?

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