quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Fui mordida na pálpebra




Realmente este País não está para brincadeiras quando todos os outros estão.
Ando certamente com uma vontade inabalável (já dizia o Gronroos) de matar alguém. Ahhhhhhhhhhhhhhh, que nervos.
E as coisas tinham que piorar quando saio de casa à hora do almoço e me dá uma coceira inabalável no olho esquerdo. Meus amigos, não cocem o olho sem terem a certeza que estão em África. Já só vejo à meia lua. Estou no Banco rodeada de informação e não a consigo decifrar. Acho que vou morrer.

No caminho, lá ia eu no meu super jipe, branco, pequeno, redondinho e qual é o meu espanto quando me ultrapassam pela esquerda, ahhhhhhhhhhh, que nervos. Segui o condutor. Lá ia ela, a Lorena, com os seus super cabelos postiços a fazer merda pela estrada fora. A Lorena, a super cantora moçambicana que tentou ser um ídolo mas desafina tanto que consegue transformar os dós em sóis, os rés em mis e os fás em não fás. Não canta, arranha, desgraça. Pediu-me desculpas pela cagada que fez na estrada, pediu desculpas com as super unhas francesas, fúteis, cumpridas, brancas e agressivas.

Chego ao parque e tenho uma aranha nas costas. Bem, essa parte já sabia, mas apanham-me sempre......... tinha uma aranha no vidro. Odeio aranhas. Aliás, tenho medo de aranhas. Fiquei em pânico dentro do Demo a ouvir Abba, I dooooooooooo, I doooooooo. I dont do nothing masé. Deu-me o ataque de asma ligeiro das 14 horas e bazei.

Lá fui eu, direita, recta, de saltos altíssimos, lenço ao pescoço a fugir dos buracos e da água da chuva, lá fui eu ser atropelada pelo meu colega da Seguradora. Porra! Mas tenho escrito o quê na testa hoje?
Não me viu o moço, coitadinho. E eu é que estou picada pelo mosquito. E eu é que tenho o olho a meio carvão. Porra. Arrastou-me o coleguinha, lá fui eu sentada em cima do capon do City Golf e os meus colegas gritavam em Moçambicanês: ELE QUER-LHI MATARRRRRRRRR
Ya people, ele quer matar-me, mas para não dar nas vistas decidiu fazê-lo às 14 horas em pleno dia da semana a sair do banco e eu a entrar no banco e todos a entrar no banco e o País a levantar dinheiro. Ya! Definitivamente ele tentou matar-me.

Entro no elevador, cheio de gente, muita GENTE. O ar condicionado avariou, a porta também e entala-me. Olho para o espelho. Porra, o olho está cada vez pior. Lá vamos todos a curtir até ao décimo oitavo andar e no oitavo as portas não fecham. Cinco minutos naquela agonia, já não aguento. Rifem-me. Vendam-me. Aceitam?

Vou tomar o meu café das 16 horas e aterra-me uma barata moçambicana no café, aterra triturada pela máquina. Olha, vou chorar. Foi o fim, odeio matar animais.

Já não vejoadkaldkalsdk nadaºaslaslasºçlaçsl

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